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Makondes
Os Makonde são um grupo étnico que desenvolveu a sua cultura nas margens do Rio Rovuma, o rio que separa o norte de Moçambique do sul da Tanzânia.
 
O que torna esta tribo especial quando comparada com as suas congéneres da África oriental é o facto de os Makonde terem resistido com sucesso a todas as tentativas de colonização até ao início do século XX, o que lhes permitiu manter vivos e intactos muitos dos seus costumes e tradições, até hoje.
 
Desenvolveram assim uma estética muito particular e refinada, que tem expressão em todas as formas de manifestação da sua cultura. As tatuagens faciais, os dentes afiados, o lábio perfurado, são apenas os reflexos mais imediatos de uma cultura ainda profundamente tribal e fiel aos seus próprios valores. Valores que se manifestam também em todas as formas de arte a que prolificamente se dedicaram, desde a escultura até à dança e ao canto.
 
É neste ambiente de reclusão voluntária que fervilham hábitos e costumes únicos, sintomas de uma cultura que marinou em lume brando durante séculos, e que, naturalmente, provocam curiosidade e admiração em todo o mundo.
 
Seja na escultura, na pintura ou na música, é a este contexto social, cultural e estético que o trabalho de Malenga se refere sempre.
 
 
A lenda da origem do povo Makonde
A lenda diz: do mato denso surgiu um homem que nunca se lavava, nem cortava cabelo e que nunca bebia e comia. Um dia esculpiu numa árvore a imagem de uma pessoa e levou-a para a sua morada. Colocou-a de pé e, durante a noite, a imagem transformou-se numa mulher.
 
Depois ele e a mulher desceram para o vale do rio Rovuma para se lavarem. Aí a mulher deu à luz um filho nado-morto. Deixaram aquele lugar e foram para o vale do rio Mbemkuru onde nasceu outra criança morta.Então voltaram para a bonita floresta de Mahuta.
 
Nesse planalto, conseguiram ter um filho que sobreviveu e se manteve de boa saúde. Com o tempo muitos mais filhos nasceram, também fortes e saudáveis, que vieram a formar a grande família dos VaMakonde e a sua arte.
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